domingo, 5 de outubro de 2008

Possível teste para um aluno universitário de Filosofia

Enunciado

Albert Einstein divulgou o seu conceito de simultaneidade de dois acontecimentos. Fez notar que a determinação da simultaneidade pressupõe uma transferência de informação da forma de um sinal a partir dos eventos em questão para um observador. Mas a transferência da informação de um ponto para outro demora um período finito de tempo. Assim, no caso de os eventos em questão ocorrerem em sistemas que se movimentam relativamente um ao outro, juízos de simultaneidade dependem de movimentos relativos dos sistemas e do observador. Dado um particular conjunto de movimentos, o observador José no sistema 1 pode ajuizar que o evento X no sistema 1 e o vento Y no sistema 2 são simultâneos. O observador João no sistema 2 pode ajuizar o contrário. E não existe nenhum ponto de observação eleito a partir do qual seja possível determinar que o José está correcto e que o João está errado ― ou vice-versa. Einstein concluiu que a simultaneidade é uma relação entre dois ou mais eventos e um observador, e não uma relação objectiva entre eventos.

Questão

Indique (pelo menos) um erro no raciocínio de Einstein.

7 comentários:

  1. «A transferência de informação de um ponto para o outro demora um período finito de tempo» é uma hipótese. O raciocínio de Einstein é do tipo «se, então...», logo não estabelece também uma verdade absoluta. Mas até que ponto nós só conseguimos realizar «ses, entãos...» em tudo?
    Mas o que eu disse não é erro de lógica, talvez não tenha acertado.
    Segundo o próprio Einstein, «o tempo não está na física» e simultaneidade é relativo ao tempo. Outra coisa, não há instrumentos que meçam simultaneidades com rigor absoluto em nenhum referencial.

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  2. Os erros são: 1) raciocínio lógico 2) à luz da filosofia quântica

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  3. 1.Einstein parte do princípio de que a simultaneidade de dois acontecimentos necessita de um observador para acontecer, o que significa que, se não existisse um observador, a simultaneidade de dois acontecimentos em dois sistemas independentes não aconteceria. Portanto, Einstein parte do princípio de que só existe simultaneidade de dois acontecimentos se existir alguém inteligente num dos sistemas para a percepcionar, isto é, condiciona a existência de um fenómeno à sua observação. Aqui voltamos à conhecida frase:”Se não existir um homem na floresta, será que o ruído da árvore que tomba no chão, existiria?”
    2.Mesmo que Einstein quisesse dizer “ponto de relação” no sistema 1, em vez de “observador” no sistema 1 (por exemplo), eliminando assim a necessidade da existência do “ser inteligente que observa”, Einstein condiciona sempre a simultaneidade de dois acontecimentos a uma relação a partir de um sistema, ignorando a hipótese de um ponto de observação holístico e “supra-sistema”. A visão do universo, segundo Einstein, é uma visão de perspectiva a partir de um sistema que existe e funciona relativamente a outro, e não é admitida a hipótese de um ponto supra-sistema em relação ao qual o momento da simultaneidade entre dois eventos ocorridos em dois sistemas relativos, seria absoluto. A Física quântica (explicação dos factos) e a filosofia quântica (análise de procedimentos e lógica da interpretação científica), através do conceito de “ondulação quântica”, já estabeleceram esse super-sistema holístico.
    3.A transferência de informação segundo uma ideia finita de tempo ― isto é, a informação demora tempo ― é, por isso, redundante, porque a partir da possibilidade da existência de um super-sistema, através do qual a observação holística dos dois sistemas em causa é possível, o tempo passa a ter uma noção diferente daquele que é vigente nos dois sistemas numa relação relativa entre um e outro. O tempo de transferência de informação quântica não existe: essa informação é simultânea em todo o universo.

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  4. Caríssimo amigo e conterrâneo;


    Um muito obrigado pela visita que fez ao meu blogue, e pelo comentário que deixou à estatística sobre o índice de desenvolvimento de Portugal em face da Europa de Leste. Aqui ficam retribuídos.

    Melhores cumprimentos,
    JV

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  5. Einstein fala de observadores inteligentes "relativos", cada um no seu sistema, a apreciar as relações entre os dois sistemas. É lógico que observadores inteligentes "relativos" em sistemas diferentes, tenham percepções diferentes. Mas se incluirmos um Observador Inteligente Absoluto, que pode estar nos dois sistemas ao mesmo tempo, conluiremos que há uma coincidência absoluta e Objectiva na observação da relação entre eventos dos dois sistemas. O "erro" lógico de Einstein é esquecer a Inteligência Absoluta Observadora, a que se chama, vulgarmente...DEUS.

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  6. que a simultaneidade é relativa a um observador definido, visto que ela não ocorre senão no espaço e no tempo definidos em relação a um observador x, visto que o espaço se altera com o tempo.

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  7. que a simultaneidade é relativa a um observador definido, visto que ela não ocorre senão no espaço e no tempo definidos em relação a um observador x, visto que o espaço se altera com o tempo.

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